segunda-feira, 30 de abril de 2007

O CASO DA CACHORRINHA


Eu cotumava ir à Barão de Javary com meu padrinho e a sobrinha dele.
Os caseiros da casa de campo de meu padrinho, tinham uma cadelinha
mestiça de poodle.
Na ultima vez em que lá fui, os caseiros foram nos levar à Estação do trem.
Eu pedí aos caseiros:
- Segurem bem a cachorrinha, senão ela vai correr atrás do trem.
Eles não obedeceram. Quando o trem partiu, meu padrinho, eu e a sobrinha
dele, íamos no ultimo vagão e em pé na parte externa do trem, vimos a
cachorrinha pular do colo do dono e correr atrá do trem em movimento, pela
via férrea.
Entrei horrorizada no vagão e até hoje essa visão me persegue.

No budismo, que diz que tudo é Ilusão, esse acontecimento PODE não
existir... ou pode existir pelo destino do homem.

No Cristianismo, o Sofrimento do Cristo, por TODOS os sofrimentos; a
Ressurreição e a Luz na Verdade Divina que transforma a Causa e a
Consequencia no Misterio da Criação.

No Hinduismo, Shiva, o Transformador levará as consequencias ao julgamento
dos deuses que indicarão o caso devido às imperfeições das almas dos
incluidos no acontecimento - até os que frequentavam a casa de campo, que
tiveram sofrimento por isso.

Brahma, a Perfeição Sonhada, que nos transforme
e nos restaure.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Quadro Surrealista

Eu sei que ele mora na Região dos Mais Antigos, no Planeta dos Espiritos. Foi meu namorado, na minha ultima vida na Terra. Sei que ele pinta quadros, como Roland que escreveu Au Diapason du Ciel, rege orquestras. Ele me pinta olhando um céu rosa e divagando além da Lua: a Lua rege o submundo, mas para o meu namorado, não existe um submundo, pois o submundo é um Recinto exclusivamente de esclarecimentos metafisicos - e a metafisica é plantio no Planeta dos Epiritos. Ele, sempre me pinta em contemplação pois a contemplação é nosso colóquio. Para que palavras? Ele fala tamil, um dialeto indiano, eu falo português. A Sinceridade na nossa Contemplação é absoluta - pois no Planeta dos Espiritos, não existem meias-medidas e o Absoluto ignora o que é Apoio. O Surrealismo aqui é pura Invenção - pois não existe nada para ser Surrealista. clarisse

O ESTRANHO SER

O ESTRANHO SER

Murta achava o cérebro asqueroso, semelhante a um monte de
tripas.
Achava tembém o corpo humano um depósito de bosta.
Afora os olhos, que à ela se assemelhavam à duas preciosidades
do mundo das Almas, tudo o mais era repugnante e feio - disfar-
çado com os recursos da maquiagem e dos perfumes - o corpo
logo ressendia, exposto à alguns minutos a uma temperatura um
pouco mais elevada.
Os horripilante pulmões, ainda assim, retinham o ar, a única
coisa leve e suave que fazia parte da vida do ser humano.
Aliás, o Ar era o elo entre a vida e a morte = o grito do recem
nacido no seu primeiro alento e o "ultimo suspiro" na sua volta
ao Mundo das Almas e dos Espiritos.
Compensando o Ar, se estabiliza as funções do corpo.
A Meditação só ganha seu aspecto de "Fiel da Balança" quando
enquadra o corpo humano no equilibrio da respiração, no seu
vôo planador na Região do Espirito - até onde a alma pode alcançar
na sua prisão do corpo fisico.

Murta, vegetariana e comendo pouco, quase vivia da Energia retira-
da da respiração.
A Energia se transmutava nas vitaminas retiradas dos alimentos,
que por sua vez, vibravam com a posse da energia dos minerais,
Energia esta captada da atmosfera e da vibração da terra - por isso,
Murta andava muito descalça.

Estranho Ser, foi-se transformando Murta, com olhos verdes com
pontos dourados, e, que quase não piscavam, e um leve sorriso,
substituindo as palavras.
clarisse

segunda-feira, 23 de abril de 2007

MINHA ALMA

MINHA ALMA

De vez em quando, eu a visito. Ela é alegre, minha alma, pois ela é o sepulcro permanente,
de um tempo feliz. Enquanto os deuses permitirem sua existencia, eu me sacierei de seu riso, de suas brincadeiras, da sua aureola de deuses, dos deuses que a recobriam de graças, de dons encantadores como joias, que atraiam os olhos e o amor dos humanos. Por minha alma pertencer aos deuses, sou coberta por Sua Benção permanente, como alimento inextinguivel - então, danço para os deuses, como Devadase, como Tara, como Dakne, como aquela que humildemente acende uma porção de cânfora nos altares dos Templos.

clarisse